Segundo uma pesquisa da Universidade do Sul da Flórida, esta é a primeira vez que o mercado de trabalho reúne cinco gerações simultaneamente: Tradicionalistas, Baby Boomers, Geração X, Millennials e Geração Z. Gerir pessoas nesse cenário é uma das tarefas mais ricas e, ao mesmo tempo, desafiadoras para o RH. Além disso, saber como oferecer benefícios para diferentes gerações é essencial para criar políticas, programas e práticas que valorizem cada perfil, aumentem o engajamento e estimulem a colaboração entre equipes diversas.
No entanto, para aproveitar todo esse potencial, o RH precisa compreender as diferenças entre as gerações e aplicar estratégias que atendam às necessidades de cada grupo. Neste texto, você verá como identificar as características de cada geração, como engajar colaboradores de diferentes idades e, principalmente, como oferecer benefícios de forma eficiente e estratégica, transformando a diversidade etária em uma verdadeira vantagem competitiva para a empresa.
As cinco gerações no mercado de trabalho
Tradicionalistas (1928–1945)
Cargos mais comuns: conselhos administrativos, presidência honorária, consultoria sênior e mentoria executiva.
- Características: disciplina, lealdade, respeito à hierarquia e foco na estabilidade.
- Estilo de trabalho: metódicos, detalhistas, valorizam processos claros e confiança na liderança.
- Motivadores: segurança, reconhecimento formal, cultura organizacional estruturada.
- Desafios: adaptação à tecnologia, resistência a mudanças rápidas.
- Como engajar: valorizar experiência e conhecimento e criar oportunidades de compartilhamento de expertise.
Baby Boomers (1946–1964)
Cargos mais comuns: diretoria, gerência sênior, consultoria estratégica e posições de liderança institucional.
- Características: foco em resultados, comprometimento, ética profissional forte.
- Estilo de trabalho: gostam de comunicação direta, trabalham bem em equipes estruturadas e valorizam estabilidade.
- Motivadores: reconhecimento, valorização da experiência, recompensas tangíveis.
- Desafios: equilibrar novas tecnologias e novas formas de gestão com métodos tradicionais.
- Como engajar: reconhecer conquistas publicamente, oferecer programas de capacitação e benefícios sólidos.
Geração X (1965–1980)
Cargos mais comuns: gerência, coordenação, liderança intermediária e cargos técnicos estratégicos.
- Características: independência, pragmatismo, adaptabilidade e foco em equilíbrio vida/trabalho.
- Estilo de trabalho: autônomos, multitarefas, bons mediadores entre gerações mais jovens e mais velhas.
- Motivadores: autonomia, flexibilidade, desenvolvimento contínuo.
- Desafios: equilibrar demandas profissionais com vida pessoal e adaptar-se a mudanças rápidas na tecnologia.
- Como engajar: oferecer flexibilidade de horários, oportunidades de crescimento, projetos desafiadores e programas de saúde e bem-estar.
Millennials (1981–1996)
Cargos mais comuns: analistas, coordenadores, líderes de equipe e especialistas em inovação, marketing e tecnologia.
- Características: digitais, colaborativos, focados em propósito e resultados rápidos.
- Estilo de trabalho: valorizam trabalho em equipe, feedback contínuo e aprendizagem constante.
- Motivadores: propósito, inovação, desenvolvimento rápido, cultura inclusiva.
- Desafios: retenção de talentos devido a alta mobilidade no mercado, expectativa de feedback frequente.
- Como engajar: criar programas de mentoria, treinamentos constantes, benefícios flexíveis e experiências significativas no trabalho.
Geração Z (1997–2012)
Cargos mais comuns: estágios, trainees, analistas júnior e posições em áreas digitais e de inovação.
- Características: nativos digitais, colaborativos, conscientes socialmente, focados em resultados rápidos e experiências reais.
- Estilo de trabalho: preferem ambientes híbridos ou remotos, comunicação ágil e transparência.
- Motivadores: propósito, diversidade, inovação, liberdade de escolha.
- Desafios: falta de experiência prática, ansiedade relacionada ao futuro profissional, necessidade de orientação constante.
- Como engajar: oferecer benefícios digitais, flexibilidade, experiências de aprendizado rápidas e suporte à saúde mental, além de oportunidades de se envolver em projetos sociais e de inovação.
Como transformar a diversidade geracional em vantagem
A expectativa de vida no Brasil vem crescendo nas últimas décadas. Com isso, muitos profissionais permanecem ativos por mais tempo, seja por necessidade financeira, seja pelo desejo de continuar produtivos e mentalmente engajados. Além disso, o envelhecimento populacional tem reduzido a proporção de jovens disponíveis para o trabalho.
De acordo com o FGV IBRE (2024), a participação de pessoas com 60 anos ou mais cresceu 69% nos últimos 12 anos, totalizando 8,6 milhões de trabalhadores ativos no país. Essa tendência reforça a importância de políticas de inclusão e de ambientes corporativos que reconheçam o valor da diversidade etária como vantagem competitiva.
Neste cenário, as empresas que aprendem a valorizar e integrar diferentes gerações saem na frente. A combinação de profissionais com experiências, competências e visões distintas favorece a inovação, fortalece a cultura organizacional e amplia a capacidade de adaptação diante das mudanças do mercado.
Para transformar essa diversidade em vantagem, o RH pode:
- Valorizar o conhecimento de cada geração: profissionais mais experientes trazem visão estratégica, enquanto os mais jovens oferecem dinamismo e domínio tecnológico. Incentive essa troca por meio de mentorias, projetos intergeracionais e treinamentos conjuntos.
- Oferecer oportunidades de desenvolvimento contínuo: cada geração tem seus próprios objetivos de carreira. Por isso, invista em trilhas de aprendizado variadas — de habilidades técnicas a programas de liderança.
- Fortalecer a cultura de inclusão: trate a diversidade etária como parte da estratégia da empresa, combata o etarismo e estimule a colaboração entre todas as faixas etárias.
Como oferecer benefícios para diferentes gerações
Antes de definir o pacote ideal, é essencial conhecer o perfil do seu time. Pesquisas internas e conversas com os colaboradores ajudam o RH a identificar o que é mais valorizado por cada geração. Esse diagnóstico é fundamental para direcionar investimentos e garantir que os benefícios realmente agreguem valor.
Em seguida, combine tradição e inovação. Benefícios como telemedicina, auxílio-mobilidade, alimentação e terapia online são bem recebidos por todas as gerações. Já os mais jovens costumam engajar mais com programas de cultura, educação e bem-estar emocional. Portanto, encontrar o equilíbrio entre essas demandas é essencial para o sucesso da política de benefícios.
Além disso, comunique de forma clara e inspiradora. Independentemente da idade, todos valorizam transparência. Explique cada benefício, mostre como ele se conecta à cultura da empresa e destaque o impacto positivo no dia a dia dos colaboradores. Assim, você aumenta a percepção de valor e o engajamento com o programa.
O que você achou de saber mais sobre gestão de benefícios corporativos?
Investir em parceiros que ofereçam uma gestão de benefícios funcional e descomplicada é a chave para melhorar o relacionamento da sua empresa com os seus colaboradores. E a Raiô pode fazer parte dessa estratégia.
Com 16 opções de benefícios em um único cartão Visa, aceito em mais de 12 milhões de estabelecimentos, a Raiô facilita a vida do seu RH, permitindo uma gestão inteligente para o RH e um uso personalizado para quem trabalha com você.